A Herdeira – Kiera Cass

Editora: Seguinte

Sinopse: Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.

Ouvi muitas coisas sobre esse livro. Alguns amaram e outros odiaram. Como pertence a sequência da seleção resolvi ler e ver o que eu achava sobre a história. América já tem quatro filhos, os primogênitos são gêmeos e os outros dois são meninos. Eadlyn e Ahren possuem uma diferença de sete minutos que tornou Eadlyn a herdeira do trono. Como estamos na era de Maxon, filhas mulheres também tem direito ao trono, se fosse na época do pai de Maxon, automaticamente Ahren estaria na linha de sucessão.

Fica bem claro para qualquer um que ler o livro que Eadlyn não gosta de ser a herdeira. Ela preferia mil vezes passar o posto para o irmão e assim poder viver sua própria vida. Como isso decepcionaria muito seus pais, não o faz. Como Maxon “acabou” com as castas não há mais impedimentos das pessoas mudarem de profissões ou casarem com quem quiserem, mas as coisas não são tão simples assim. Nem toda a população aceitou o fim das castas e por isso há muita revolta nas províncias que resultam em mortes muitas vezes.

Com o intuito de distrair o povo, América e Maxon decidem começar uma nova seleção para escolherem o príncipe consorte que casará com Eadlyn e a ajudará como América fez ao longo de sua vida. Esse plano tinha a finalidade de dar tempo para os reis encontrarem uma solução definitiva para toda a revolta que aumentava dia após dia. Esse, na verdade, tinha virado o pior pesadelo de Eadlyn que já planejava passar sua vida sozinha. Então inicia-se uma nova seleção e não esperem que ela acabe ao final desse livro, ainda há muita estrada pela frente.

Agora vamos a minha opinião, creio que a temática do livro foi muito fraca. A motivação para uma nova seleção pior ainda. Muitas vezes ao longo do livro, achava que a autora estava um pouco perdida no andamento da história. Encontrei alguns erros primários como quando Eadlyn foi conhecer os 35 pretendentes e ela cumprimentou o último e o general Leger confirmou que era o último e que ela havia perdido as contas. Logo em seguida apareceu mais um como se não tivesse terminado. Foi um erro que me incomodou demais, demais mesmo. Qualquer revisão identificaria esse erro de narração.

A personagem principal é um saco. E esse é o melhor adjetivo que posso empregar. Se você for lendo (assim como eu) na esperança de que aos poucos ela mude durante todo esse processo, aconselho a desistir. Sempre que pensamos que ela está melhorando a coisa piora em dimensões estratosféricas. Ela elimina candidato como poderia separar a salada do resto da comida.

Na verdade eu não consigo entender como tem pessoas no livro (exceto sua família) que começam a gostar dela. Sério. Sem falar que ela repete um milhão de vezes a mesma frase ao longo do livro “Eu sou Eadlyn Schreave. Ninguém no mundo é mais poderosa que eu.”. Só por essa frase já diria que detestei o livro. A personagem confunde claramente poder com soberba. É claro que podemos entender que ela foi criada nessa esfera, mas o Maxon não é assim. E ela é filha dele! Foi criada por ele!!! Prevejo um projeto de pai de Maxon? Possivelmente… Tudo vai depender de como a continuação que já foi lançada, A Coroa, irá seguir.

Não me arrependo de ler o livro e dei a classificação regular para ele, pois os irmãos dela salvaram meu interesse pelo livro. O que ela tem de chata os irmãos dela tem de legais. O meu preferido é o Osten (o mais novo), mas o Kaden com certeza daria um excelente rei. Enfim, vou ler A Coroa e trago para vocês se a história melhorou ou não, mas acho bem difícil sabem… Prefiro continuar apenas com os três primeiros livros da Seleção na minha estante, os outros não irão entrar.