Os Cem Mil Reinos – N. K. Jemisin

Editora: Galera

Trilogia: Legado

Sinopse: A jovem Yeine é convocada para a majestosa cidade Céu, onde, para sua surpresa, é nomeada herdeira do rei Dekarta Arameri, o avô que jamais conheceu. Antes de seu nascimento, sua mãe abandonou a realeza para viver um grande amor. Deixando para trás também a família, o sobrenome, o legado e, principalmente, as intrigas envolvendo a família Arameri. Deserdada e distante, ela não preparou Yeine para a vida no palácio, que além de abrigar a família mais poderosa dos cem mil reinos, serve de prisão para deuses de verdade. Yeine não esperava cruzar com os deuses nos corredores do palácio e muito menos que eles tivessem que satisfazer a vontades e caprichos de seus parentes (e rivais) mais poderosos. O trono dos cem mil reinos não é fácil de ser conquistado e Yeine precisa sobreviver em meio a segredos, traições, magia e o interesse dos deuses por ela. Em especial, o mais perigoso de todos, Nahadoth, também conhecido como Senhor da Noite, o primeiro ser vivente do universo.

A mãe de Yeine é assassinada, e pouco tempo depois ela recebe um convite para ir ao palácio e tomar a posição de família que ela pertencia. Afinal, a mãe dela era como se fosse uma princesa herdeira e que seria a nova governante dos Cem Mil Reinos, mundo governado pela poderosa e cruel família Arameri, que não apenas serve ao único deus governante no momento Itempas, mas também coordena a prisão dos outros deuses e deuses menores chamados deidades.

Quando Yeine chega logo é reconhecida como neta de Dekarta e o jogo se abre, afinal ele quer que ela assuma a posição de herdeira dele juntamente com os outros primos. Com isso temos 3 herdeiros o que torna tudo muito perigoso, já que deverá haver uma disputa para a escolha do único herdeiro. No início, podemos até pensar que seriam competições ou algo assim, mas é mais uma disputa política e de comportamento o que deixa a história muito mais interessante.

Yeine está totalmente obcecada para encontrar o mandante do assassino de sua mãe, e ela começa uma longa investigação. Os seus principais informantes são os próprios deuses escravizados pela família dela. Sieh logo se torna um aliado, mas os outros vão sendo conquistados aos poucos. Até que muitas verdades são reveladas e ela faz uma aliança com Nahadoth e as outras deidades, eles a ajudam a proteger Darr seu país, enquanto ela vai servir como arma para poder libertá-los da prisão.

“Ele me calou com um beijo. Havia saudade naquele beijo, picante e agridoce. Era meu próprio desejo, ou era dele? Mas logo entendi: não importava.”

Pág. 276

Toda história envolvendo a existência e como dela surgiram os três deuses principais: Nahadoth, Itempas e Enefa, e como tudo chegou ao ponto em que está na história é nos explicado aos poucos. Enefa é muito importante para a história pois apenas ela poderia criar e ela que criou as outras deidades e que criou o mundo dos homens. Como ela foi considerada traidora por Itempas e morta o mundo sofreu muito com isso. Mas não se mata um deus principal de forma completa, e muito sobre ela é explorado ao longo do livro.

O relacionamento de Yeine como Nahadoth começa agressivo e cheio de desconfianças. Aos poucos eles vão protagonizando um relacionamento no nível de um Dark Romance, mas ao mesmo tempo que Yeine muda, Nahadoth também muda. O que é bem interessante de acompanhar ao longo da leitura.

O livro todo me surpreendeu muito mais do que eu esperava. Com certeza vou ler a sequência e trago para vocês. Me contem se já deram uma chance para essa trilogia? Quero muito saber ^^